Foram quatro dias de absoluta adrenalina, brilho e cor para quem esteve na 32º edição da Moda Lisboa. A cidadela de Cascais foi palco de mais um evento de moda. Durante quatro dias, e com os olhos voltados para o Inverno de 2010, pela passerelle passaram nomes como Aleksandar Protic, Ana Salazar, Dino Alves, Filipe Faísca, José António Tenente, Katty Xiomara, Lara Torres, Lidija Kolovrat, White Tent, inumerando apenas alguns. “Heartcore” serviu de base para os criadores nacionais se inspiraram através dos mais variados "conceitos". José António Tenente, Alexandra Moura e Miguel Vieira inauguraram os desfiles no dia 12. A colecção de José António Tenente foi inspirada na obra de Paula Rego, inevitavelmente dominada pela figura da mulher apelo ao universo feminino.
Lidija Kolovrat, Aleksandar Protic, Dino Alves e Ana Salazar fizeram as honras do dia 13. Lidija Kolovrat utilizou na criação pele, couro, tecnológico, algodão, seda, pele reciclada, borracha. Dino Alves levou consigo empregadas de limpeza que o transportaram em cima de uma plataforma, como sendo um pierrot. A sua colecção marcou a diferença pela apresentação de uma linha de chapéus.
No sábado, dia 14, desfilaram sete criadores: Aforest-Design, Lara Torres, White Tent, Ricardo Preto, Ricardo Dourado, Nuno Baltazar e Luis Buchinho / Jotex by Luis Buchinho. Lara Torres optou por detalhes onde predominavam superfícies tácteis e pormenores tridimensionais.
Katty Xiomara, Pedro Mourão, Pedro Pedro, Nuno Gama e Filipe Faísca apresentaram as suas propostas no domingo, dia 15. Este último apresentou uma colecção onde predominaram as cores preto, cinzentos quentes e areia, violeta, rosa pele e pó de arroz. Katty Xiomara, que contou com o apoio da filha Noa, levou à Moda Lisboa uma colecção que recorda e interpreta movimentos fixos, com tecidos leves e estruturados, lisos e ornamentados, com formas rígidas e fragmentadas que seacumulam sobre leves mantos com cores enferrujadas e envelhecidas, todas elas escurecidas com luminosidade.
Alexandra Moura referiu que a sua colecção foi inspirada na "tribo Surma, que é uma tribo africana fabulosa que vive na Etiópia, perto do rio Omo. Não usam roupa, é a ausência total de roupa, e trabalham muito a maquilhagem e a acessorização de cabeça". Já Lidija Kolovrat trabalhou "com ícones, peças em questionam valores, muitos aspectos e também a usabilidade. A sua criação é "uma instalação de objectos de uso comum; pano, mala e atitude.Formas geométricas vivem e reflectem através da uso-habilidade".