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Artigo de opinião - Casamento homossexual

Em noite de Prós e Contras na rtp onde se debateu o casamento homossexual também eu reflecti sobre este assunto que anda na boca de todos.
Comecemos pelo referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo:
  • Não quero o referendo porque, confesso, sei quão discriminador e ignorante é o povo português e, se houver um referendo sobre esta matéria certamente que o não ao casamento ganharia.
  • Não faz sentido que uma maioria decida sobre os direitos fundamentais de uma minoria - os homossexuais.
  • O governo aprova a maioria das leis sem referendos. Contam-se pelos dedos o número de referendos que houve em Portugal.
  • Também é verdade que partilho da opinião que o governo está a utilizar este tema de uma forma errada e num ápice quer ver a lei aprovada. Desconheço motivo de tal pressa. Este Executivo tomou posse há pouco mais de um mês e até ao final do ano quer ver a lei aprovada. Estas questões devem ser debatidas com tempo.
Outros pontos:
  • Existem inúmeros direitos a que os homossexuais só pela sua orientação sexual, os vêem negados, a nível de partilhas, heranças, reformas, Segurança Social, divórcio, etc, etc.
  • Os homossexuais não querem o casamento para afirmação ou reconhecimento, querem-no pelo mesmo motivo que os heterossexuais o querem. O casamento é um acto de consumação do amor, do afecto. Com o casamento o casal passa a ter inúmeros direitos a que um homossexual não tem direito.
Em relação à adopção de crianças por casais homossexuais:
  • Gostaria de ver realizados estudos científicos que demonstrem se há diferenças a nível cognitivo e comportamental. Afectivo não acredito que haja diferenças, porque dois homens poderão dar o mesmo amor a uma criança como um casal heterossexual.
  • O casamento não traz consigo necessariamente a adopção, embora considere que esta última matéria é da maior importância. Existem muitas crianças para serem adoptadas e muitos casais que desejam adoptar.
  • O que me faz imensa confusão é que um homossexual sozinho pode adoptar, se for for um casal gay já não o pode fazer.
  • Uma criança quando é pequena é baptizada e a escolha não é dela, mas sim dos pais. Por isso não faz sentido, quando se diz que as crianças podem ficar traumatizadas ou serem gozadas por terem dois pais ou duas mães. A lei natural da vida diz que as crianças não têm discernimento para decidirem. Assim como não decidem que querem ser baptizadas, não decidem que pais gostariam de ter.
  • Quantas crianças não vivem só com a mãe porque o pai se encontra a trabalhar por fora, passado a maior parte do tempo fora de casa? Neste caso a criança vive apenas com uma pessoa, neste caso do sexo feminino. O mesmo se passaria se esta criança fosse adoptada por um casal de lésbicas. Não é por isso que a criança não tem amor, atenção. Não é por isso que a criança deixa de comer, de se vestir, de comer e viver uma vida como outra criança qualquer.
  • A diferença de tudo isto está apenas na discriminação e racismo que a população tem por uma minoria.
André Lopes, autor do blogue