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A escrita de um jornalista

A Revista Única (Expresso) traz esta semana uma entrevista à cantora Nelly Furtado. Para os apaixonados pelo jornalismo esta é uma entrevista que deve ser lida e relida. Mas por péssimas razões. No jornalismo que se faz há lugar para tudo, como se vê diariamente em todos os jornais. O Expresso não é excepção.
Algumas absurdas notas da jornalista:

-> "Ya, é verdade." - a jornalista deveria ter traduzido para "sim, é verdade".

-> "(e ri-se, com vontade)" - ora aqui está uma informação pertinente, a Nelly Furtado não ri simplesmente, mas ri com vontade. Desnecessário. Bastava: (ri-se).

->(lê-se a sinceridade no rosto) - Além de jornalista a Anabela é uma capta-emoções. Será possível captar a sinceridade num rosto de algo que mal conhecemos?

->"Yé. Ahahahaha! É apenas uma canção. É assim uma coisa de loucos. Eu não sabia nada sobre esse mundo e ali estava eu, no estúdio, gravando em simlish. Foi como se fosse uma trip, estás a ver? Como... Bem... Foi divertido." - Numa entrevista o jornalista tem a obrigação de retirar o que está a mais. Neste caso o que estão a fazer o "como" e o "Bem" ? Já para não falar do início da resposta "yé. ahahahaha".

Isto são apenas excertos de uma longa entrevista que devia ter sido revista e não devia ter sido publicada nestes moldes. Pelo menos a meu entender.

Deixo o link da entrevista para que possam tirar as vossas próprias conclusões. Há muito mais para corrigir e criticar...