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A cabeleireira que se quer reformar

Miguel Sousa Tavares escreve semanalmente para o Expresso e na maior parte dos artigos de opinião tiro registos que considero pertinentes e com os quais estou de acordo. Esta semana a opinião de Sousa Tavares tinha o título "Viver Mais, Trabalhando Menos: E Quem Paga?" e mais uma vez gostei de o ler e deixo uma passagem do texto particularmente interessante. Antes de ler o excerto lembro que a idade da reforma em Portugal é aos 65 anos, não estando garantido se a idade não aumentará nos próximos anos e se haverá, ou não, dinheiro que garanta a reforma de muitos.

"...o mesmo jornal trazia uma reportagem sobre a contestação de rua, em Atenas, às suas medidas, onde se registava a opinião de uma jovem de 26 anos, declarando que, em caso algum, aceitaria que prolongassem a sua idade da reforma, prevista para os 50 anos. Porque, explicava ela, a sua profissão estava considerada por lei como de desgaste rápido, o que lhe conferia também direito a uma reforma rápida. E qual era a profissão dela? Cabeleireira. É uma das 280 profissões ou trabalhos que a lei grega reconheceu o estatuto de desgaste rápido, em consequência de sucessivas cedências às reivindicações sindicais."