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Ainda temos 12 anos e 24 horas para fechar o jornal

O aparecimento de um jornal é motivo de contentamento. O desaparecimento de um jornal é causa de tristeza, preocupação, desmotivação, lamento...O jornal 24 Horas chegou ao fim de 12 anos. Teve o seu ciclo de vida, o seu auge, mas neste momento vendia pouco e consecutivamente tinha pouca publicidade, o que não gerava riqueza que sustentasse o diário. A este termo junta-se o Global Notícias, jornal diário gratuito. Estes dois jornais eram pertença do grupo económico Controlinveste, da qual pertencia também o Diário de Notícias e o Jornal de Noticias. Fundado em 1998 por José Rocha Vieira, seria comprado pela PT e, depois, pela Controlinveste. Pedro Tadeu, seu director durante seis anos, foi substituído por Nuno Azinheira em Agosto de 2009.

Existem mais jornais neste situação, e é isso que me preocupa.  Aos poucos e poucos os jornais com menos vendas vão desaparecendo. A publicidade é anunciada apenas nos órgãos de Comunicação Social de maior prestígio, ficando os restantes a sobreviver das poucas vendas que têm. Poder-se-ia gostar, ou não, do estilo do 24 horas, mas mais do que isto, o que está em causa é o trabalho de vários profissionais que não tendo lugar em outros jornais do grupo vão para o desemprego. No editorial desta última edição do 24 horas pode ler-se: " Como se enxaguam as lágrimas de quem deu parte importante da sua vida por este projecto? Como se substitui o vazio que fica nas nossas vidas?".

A nossa democracia vai ficar mais pobre.