Num fim-de-semana pelo Porto onde o sol não brilhava e a chuva teimava em cair, lá fomos andando, percorrendo ruas, descendo escadas íngremes, caminhando à beira rio. Primeiro subir ao topo da Torre dos Clérigos, sem receio da altura, ao desfrutar de uma vista esplendorosa. Atravessar a Ponte D. Luís em direcção a Vila Nova de Gaia, fotografar a paisagem, os barcos, os restaurantes à beira rio, as lojas de artesanato com galos de Barcelos e as casas com cores escuras mas cheias de alegria e de vida.
Num mesmo dia, dois concertos. À tarde a Mónica Ferraz, vocalista dos Mesa, apresentou o seu trabalho a solo "Start Stop" e que juntamente com André Indiana anda em digressão com a Love Tour - 2 músicos, as mesmas bandas.
Pausa para um café no monumental Majestic, lugar histórico, em tempos local de encontro para tertúlias culturais. Logo depois o principal momento que me
fez ir ao Porto: o concerto do Rodrigo Leão no
Coliseu desta cidade. Cerca de duas horas de concerto numa sala mítica que quase lotou, para ouvir o músico que reeditou recentemente o disco Ave Mundi Luminar, lançado pela primeira vez em 1993.
Ainda tempo para passear pelas ruas da cidade invicta e para ir à Casa da Música. Mais do que o monumento em si, o encanto preside nos espectáculos que faz, na música que nos guia por todos os cantos da casa.
Dias de encanto com a melhor banda sonora que pode existir.
Fotos e texto de André Lopes