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Moita Flores suspende mandato em Santarém

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, pediu a suspensão do mandato por três meses, alegando motivos de saúde e obrigações da sua vida literária. A medida foi aprovada pelo executivo esta segunda-feira, 16 de Julho, numa reunião onde o autarca não esteve presente.

O pedido de suspensão contou com a abstenção dos dois vereadores eleitos pelo PS, que alegaram "respeitar" os motivos de saúde mas não compreender a invocação das obrigações da vida literária, uma vez que Moita Flores (independente eleito pelo PSD) sempre conciliou essa actividade com a de autarca ao longo dos últimos anos. 

Ricardo Gonçalves, que assume a presidência da autarquia durante a ausência de Moita Flores, sai em defesa do autarca frisando que "a obra fala por ele" e elogiando a "assertividade e visibilidade" que levou a Santarém. 

Referindo-se ao valor da dívida do município de Santarém, Ricardo Gonçalves reafirma que a dívida encontrada quando o PSD assumiu a gestão do município, em 2005, era bastante superior a 50 milhões de euros e lembra os 17 milhões de euros de aquisição da antiga Escola Prática de Cavalaria, que agravaram os números de 2011.  

Francisco Moita Flores esteve de baixa médica em Maio e gozou o seu período de férias a partir de meados de Junho, entrando agora com um primeiro pedido de suspensão de mandato por três meses que se poderá prolongar por um período máximo de um ano.

No passado dia 6, Moita Flores apresentou-se aos militantes sociais-democratas de Oeiras, concelho onde se deverá candidatar nas autárquicas de 2013, afirmando então à agência Lusa que cessaria as suas funções na Câmara de Santarém no final da semana passada.