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Câmara de Abrantes desiste do projecto da RPP Solar

A fábrica RPP Solar deixa de ter o apoio da Câmara Municipal de Abrantes, anunciou à agencia Lusa a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque. A decisão foi tomada por unanimidade no dia 5 de Agosto, tendo sido aprovada a caducidade das licenças do projecto de execução da fábrica de painéis solares, por incumprimento de prazos.

O investimento do empresário Alexandre Relvas, em que a autarquia investiu um milhão de euros num terreno com 82 hectares, na freguesia de Concavada, perto da Central Termoelétrica do Pego, prometia a criação de dois mil postos de trabalho e visava agregar toda a cadeia de produção de energia solar, com a instalação de sete unidades industriais, uma delas de transformação de silício em células para painéis solares, cinco a sete torres eólicas, painéis solares e turbinas de cogeração.

No local, desde 2008, foram construídas duas fábricas aptas para albergar seis linhas de produção capacitadas para gerar um total de 859 megawatt de eletricidade, escritórios e dois auditórios num espaço de 30 mil metros quadrados, que representavam a primeira fase de um total de 160 mil metros quadrados.

Segundo Maria do Céu Albuquerque, "a RPP Solar nunca chegou a produzir coisa nenhuma e é lamentável que as expectativas criadas em torno da criação de riqueza e de emprego terminem com este elefante branco". 

Recorde-se que este projecto tem sido adiado constantemente ao longo de vários anos
com a justificação, dada por  Alexandre Relvas,"do turbilhão da crise" ter causado "graves dificuldades de financiamento nacional e internacional".