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José Alberto Marques revive em exposição "50 Anos de Vida Literária" e lança novo livro‏

O escritor José Alberto Marques revive em Abrantes, sua terra adoptiva, “50 Anos de Vida Literária” em exposição e lança novo livro intitulado “Biblioteca Pessoal”. A iniciativa tem lugar na Biblioteca Municipal António Botto e divide-se em dois momentos: 
O Lançamento do Livro, “Biblioteca Pessoal”, dia 13 de novembro, às 21h30, com a apresentação da obra por Fernando Aguiar e uma exposição bibliográfica, aberta ao público entre 13 de Novembro de 2014 e 03 de Janeiro de 2015, acompanhada por objetos pessoais relacionados com o seu processo de escrita. 

A obra de José-Alberto Marques, ligada ao movimento da poesia experimental portuguesa desde as suas primeiras manifestações no final de década de 50, alia a experimentação fonossemântica e grafossemântica com um lirismo autobiográfico e uma aguda consciência social e política.  A possibilidade de conhecimento e aprendizagem matérica do corpo nas formas da língua e da escrita é uma constante da sua obra poética e ficcional. Outra constante encontra-se numa reflexão quotidianizada sobre a possibilidade de transformação política e social do Portugal pós-revolucionário.

José-Alberto Marques, natural de Torres Novas, frequentou a Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Obrigado a abandonar os estudos por razões económicas, exerceu diversas profissões ao mesmo tempo que fazia o Curso de História. Radicado em Abrantes desde a década de 1960, foi professor efectivo de Português na Escola D. Miguel de Almeida. Das diversas actividades de intervenção cultural e artística, destaque-se participação nos dois números da revista Poesia Experimental (1964, 1966) e na ‘Conferência-Objeto’ (Galeria Quadrante, 1967). Recebeu o 1º Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil nas comemorações dos 20 anos do 25 de Abril, com o livro A Magia dos Sinais (1996). Em 1996 recebeu a medalha da cidade de Abrantes.

A sua obra em livro inclui poesia, ficção, teatro e literatura infanto-juvenil. Entre os seus livros de poemas, refiram-se A Face do Tempo (1964), Hoje. Mas (1967), Estórias de Coisas (1971), Aprendizagem do Corpo (1983), flexõesREflexões (1985), Loendro (1991), Zara (1995), Eu disse que Baudelaire andava a pé (1999), Padrões (1999), Cantologia 1964-1999 (2000, edição bilingue, com versão em espanhol de Antonio Saez Delgado), Hiperlíricas (2004) e British Barthes: Poesia (2011). Organizou, com E. M. de Melo e Castro, a Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973). Publicou as obras de ficção Sala Hipóstila (1973), O Elefante de Setrai (1977), Nuvens, no Vale (1985) e As Tiras da Roupa de MacBeth (2001). A sua obra foi antologiada no livro comemorativo I’man (2009). Participou em exposições coletivas de poesia concreta e visual e de arte postal. Refira-se ainda a exposição individual Homeóstatos e Visuais (1999, Biblioteca Municipal António Botto, Abrantes). Realizou também diversas performances.