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Torres Novas - Mês do Teatro no Virgínia


O Teatro Virgínia, em Torres Novas, vai assinalar o dia mundial do teatro, que se celebra internacionalmente a 27 de Março. O “Mês do Teatro” conta com uma programação especial dedicada à arte de representar em palco com a 2ª Mostra de Teatro Bons Vizinhos e a peça As Três (Velhas) Irmãs, de Tchekov. De hoje, dia 5, a 28 de Março, o teatro sobe ao palco do Virgínia.


Programa:

Dia 5, às 21h30 “As Espingardas da Tia Carrar”, pelo Teatro Experimental de Riachos. A partir da obra de Bertold Brecht, encenação de Masofi e interpretação colectiva do Teatro Experimental de Riachos.

“Durante a guerra civil espanhola uma mãe, Teresa Carrar, procura conservar a sua família longe de tal acontecimento. Mas a guerra aproxima-se e surge Pedro, irmão de Teresa, para tentar convencê-la a dizer onde estão as armas que tem escondidas há algum tempo. Ela a princípio nega a existência de tais armas que supostamente teriam pertencido ao seu falecido marido, mas à medida que a guerra com os seus efeitos se vai aproximando, culminando com a morte de seu filho, Teresa acaba por revelar as armas escondidas e decide pegar nelas e lutar também”. 

Dia 19, às 21h30“Antes Que Se Perca - Também – A Memória”, pelo Grupo de Teatro Meia Via.

Peça baseada em textos de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto. Encenação, cenografia e dramaturgia de Helena Flôr Dias, interpretação do colectivo do Teatro Meia Via. “O barco vai de saída. / Será que chega ao destino? / Qual destino? / Será que encontramos um porto de abrigo? / Será que há espaço para todos? / E se não, onde nos vamos encontrar… com o que temos para nos dar?”

Dia 26, às 21h30 – “O Medidor de Passos”, pelo Teatro Virgínia. Conceção, direcção e espaço cénico Marta Tomé, Hugo Gama e João Luz; Cocriação e interpretação de Ana Rita Cavaleiro, Andresa Olímpio, Anisa Almeida, Daniel Teixeira, Carla Pinto, Cátia Freitas, César Santos, Marta Silva, Marta Ferreira, Marco Neves, Miguel Viegas, Nuno Valente e Raquel Senhorinho; Produção Teatro Virgínia.

“Cada pessoa pode também definir-se pelo que afirma ser o seu sentido de lugar: uma casa, uma cor, uma voz, um livro, um corpo, uma árvore, um meridiano, um lugar que se especula existir.
A partir do momento em que nos damos a conhecer, é pelo confronto com o Outro que os lugares se moldam. A personalidade e a vivência adaptam-se à presença, ausência ou eventualidade de pertença. Mulheres e homens ajustam-se, desajustam-se, afastam-se, ficam. Cada decisão coincide sempre noutra decisão numa exponencialidade incalculável.
A partir de um estado de entropia pode atingir-se momentânea e delicadamente um ponto a que chamamos de equilíbrio, que mesmo assim só é possível pela tensão entre positividade e negatividade, matéria e antimatéria, sujeitos às mais imprevisíveis situações. Como viver na busca de um equilíbrio entre lugar, pertença e amor?”

Dia 28, às 21h30 – “As Três (Velhas) Irmãs”. Texto a partir de Tchekov de Martim Pedroso; Dramaturgia e encenação de Martim Pedroso; Interpretação de Graça Lobo, Mariema, Paula Só e Martim Pedroso;

“Neste espetáculo, as biografias das actrizes confundem-se com as personagens de um dos textos de repertório mais amados de sempre. Entre memórias, confissões e fantasias, disserta-se sobre o fim de uma época e a nostalgia de um passado feliz. O que une estas atrizes é o amor e a dedicação ao seu trabalho e a vontade de continuarem a representar.

Tchekov levanta nesta obra a problemática do fim de uma sociedade que se cansou de prometer, assim como o fim de todos os ideais e sonhos. A descrença, o medo e a vontade de mudar, povoam estas personagens enquanto ensaiam estratégias de fuga aos problemas das suas vidas.”