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"Tomara que chova", exposição de Ana Pérez-Quiroga no Convento de Cristo, em Tomar


O Convento de Cristo, em Tomar, vai acolher entre os dias 18 de Abril e 21 de Junho, a exposição “Tomara que Chova”, da artista portuguesa Ana Pérez-Quiroga. Esta mostra surge no âmbito do ciclo de exposições de Arte Contemporânea – co-produzidas pelo Projecto Travessa da Ermida, em Belém, e pelo Convento Cristo, em Tomar – que visa levar a Arte Contemporânea a este emblemático monumento da história de Portugal.

Ao longo de mais de dez anos, Ana Pérez-Quiroga foi construindo um sólido corpo de trabalho onde o têxtil assume o protagonismo das suas criações. Nesta exposição a artista reúne, pela primeira vez, mais de duas dezenas de peças que exploram o jogo visual, sensitivo e simbólico num diálogo aberto com o espaço do Convento de Cristo.

Em “Tomara que Chova” a artista serve-se do media têxtil para estabelecer um diálogo com o universo de época do Convento de Cristo, explorando os conceitos de tapeçaria, cortinas, estandartes, bandeiras, tapetes ou cobertas, utilizados à data. Explora o lado doméstico e o ‘habitat’ daquele espaço, cujas paredes inóspitas se tornavam mais confortáveis através da inclusão de têxteis. Estes materiais cumpriam não só uma vertente funcional, que seria o conforto, mas também uma componente simbólica-narrativa, dado que muitos deles retratavam batalhas, cenas de caça, mitológicas, ou religiosas.

A exposição “Tomara que Chova” é de entrada gratuita e estará aberta ao público todos os dias das 9h00 às 17h30 (a partir de Junho o horário prolonga-se até às 18h30), encerrando dia 1 de Maio.

Sobre a artista
Ana Pérez-Quiroga nasceu em 1960, em Coimbra. Vive e trabalha entre Lisboa e Xangai. Licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, fez o Curso Avançado de Artes Plásticas, do Ar.Co, Mestrado em Artes Visuais Intermédia, na Universidade de Évora e frequenta o Curso de Doutoramento em Artes da Universidade de Coimbra.

Bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Trabalha essencialmente com instalação e fotografia, abordando temáticas em torno da crítica institucional e da História da Arte, remetendo para um universo pessoal e intimista. Expõe regularmente desde 1999, destacando-se as participações institucionais na Culturgest, Lisboa, Portugal – "Disseminações" (2001), Centro de Arte de Salamanca, Espanha – "Comer o no Comer" (2002), Falconer Gallery, Grinnell, Iowa, USA – "Where Are You From?" Contemporary Art from Portugal (2008), MoCA (Museum of Contemporary Art), Shanghai – "Made in Shanghai" (2008) Museu do Chiado/MNAC – "Arte Portuguesa do séc. XX 1960-2010" (2012) e Palácio dos Duques, Guimarães – "Assalto ao Castelo em 3 Atos". Das principais exposições individuais destacam-se, no Museu do Chiado/MNAC – "Breviário do Quotidiano #2" (1999), no Museu Nacional de Arte Antiga – "Natureza-morta" (2004), no Museu Nogueira da Silva, Braga – "From:, To:, Via:" (2012) e no Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira – "Obra sem senão" (2012). Está representada nas colecções do Museu do Chiado /MNAC), da Caixa Geral de Depósitos, da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu do Neo-Realismo.