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Abrantes - "Entre nós e as palavras" com o escritor António Tavares

O escritor António Tavares, prémio LeYa em 2015, vai estar à conversa com os leitores na Biblioteca Municipal de Abrantes, hoje, 18 de fevereiro, às 21h30. A iniciativa "Entre nós e as palavras" terá como foco a apresentação do livro "O Coro dos Defuntos".

António Tavares nasceu em Angola em 1960, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e é pós-graduado em Direito da Comunicação pela mesma universidade.

Foi professor do ensino secundário e, atualmente, exerce o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Escreveu peças de teatro, estudos e ensaios, entre outros. Foi jornalista, fundador e diretor do periódico regional A Linha do Oeste. Fundou e coordenou a Revista de Estudos Litorais. Como romancista, obteve uma menção honrosa no prémio Alves Redol, atribuída em 2013 pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ao romance "O tempo adormeceu sob o sol da tarde", ainda no prelo, e foi finalista do Prémio LeYa 2013 com a obra "As palavras que me deverão guiar um dia", publicado pela Teorema e também finalista do Prémio Literário Fernando Namora. Participou no Festival do Primeiro Romance de Chambéry, em França, em 2015. Foi Prémio LeYa 2015, com "O Coro dos Defuntos".


Sobre o livro "O Coro dos Defuntos":

Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos. Porém, na pequena aldeia onde decorre a ação deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna – espécie de divã freudiano do lugar – é disso que falam, até porque os jornais que ali chegam são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro. E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas: uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um penedo, a rapariga casta que coleciona santinhos sofre uma inesperada metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da cabeça. Quando aparece o primeiro televisor, as gentes assistem a transformações que nem sempre conseguem interpretar...