A exposição revela o lado mais desconhecido e inovador de Augusto Bobone, antigo fotógrafo da Casa Real portuguesa e um dos pioneiros na utilização do Raio X em Portugal.

Em 22 de Março de 1896, Bobone obteve no seu elegante estúdio de fotografia herdado do célebre Fillon – um dos pioneiros da fotografia em Portugal - a sua primeira radiografia, a primeira a ser realizada em Lisboa, apenas três meses depois do físico alemão Wilhelm Röntgen – anos mais tarde galardoado com um Prémio Nobel - ter divulgava ao mundo a descoberta de uma técnica que conseguia fotografar o interior dos corpos a que deu o nome de Raio X.
Estas pranchas, vendidas nos finais do século XIX dentro de uma elegante caixa semelhante a um álbum, tiveram um enorme sucesso entre a sociedade lisboeta. Aqui se podem observar radiografias de mãos, mãos de senhora com anéis, mãos grandes, pequenas, segurando carteiras, agarrando chaves. E pés descalços e calçados, pernas inteiras e fraturadas, crânios – um deles com uma bala - e vários objetos – frascos, tesouras, caixas. E animais, muitos animais, como peixinhos dourados, ratos, pombos, linguados ou coelhos. Imagens fantasmagóricas e reveladoras de algo até então estava escondido do mundo. Um gosto que hoje em dia pode parecer macabro mas que, na viragem para o século XX, significava a tão desejada conquista do invisível.
A iniciativa é fruto da parceria do Município de Vila Nova da Barquinha com a Fundação EDP, no âmbito do projeto Parque de Escultura Contemporânea Almourol (www.barquinhaearte.pt).
Estas pranchas, vendidas nos finais do século XIX dentro de uma elegante caixa semelhante a um álbum, tiveram um enorme sucesso entre a sociedade lisboeta. Aqui se podem observar radiografias de mãos, mãos de senhora com anéis, mãos grandes, pequenas, segurando carteiras, agarrando chaves. E pés descalços e calçados, pernas inteiras e fraturadas, crânios – um deles com uma bala - e vários objetos – frascos, tesouras, caixas. E animais, muitos animais, como peixinhos dourados, ratos, pombos, linguados ou coelhos. Imagens fantasmagóricas e reveladoras de algo até então estava escondido do mundo. Um gosto que hoje em dia pode parecer macabro mas que, na viragem para o século XX, significava a tão desejada conquista do invisível.
A iniciativa é fruto da parceria do Município de Vila Nova da Barquinha com a Fundação EDP, no âmbito do projeto Parque de Escultura Contemporânea Almourol (www.barquinhaearte.pt).