Valter Hugo Mãe regressa a Tomar, depois de ter estado na cidade aquando da apresentação do romance “A máquina de fazer espanhóis”.
“Homens imprudentemente poéticos” (Porto Editora), livro que tem sido muito bem recebido pela crítica e pelos leitores, reporta-nos um Japão antigo em que um artesão e um oleiro vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.
Uma obra em que, à semelhança das anteriores, se unem uma capacidade extraordinária de reinventar a Língua Portuguesa e de contar histórias situadas num tempo e num espaço específicos mas que são alegorias do mundo (ou dos mundos) em que vivemos.