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Sardoal - Centro Cultural acolhe primeiro seminário “Dear Doc” de realização em cinema documental

Andrés Duque orienta seminário Dear Doc
O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal acolhe, entre 30 de janeiro e 4 de fevereiro, o primeiro seminário Dear Doc de realização em cinema documental, organizado pela Apordoc – Associação pelo Documentário, em parceria com a ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e com o Município de Sardoal.

O primeiro seminário Dear Doc é orientado pelo realizador Andrés Duque, autor de “Oleg y las Raras Artes”, filme de abertura do festival Doclisboa 2016, sobre o lendário pianista Oleg Nikolaevitch Karavaichuk (1927-2016), admirado pela sua música e pela sua forma de tocar, mas também pela sua personalidade única e excêntrica. 

O seminário inclui um ciclo de filmes do cineasta no Centro Cultural Gil Vicente: as duas primeiras curtas-metragens do realizador,“Paralelo 10” e “La Constelación Bartelby”, na quarta-feira, dia 1, às 21h30; o filme-ensaio autobiográfico “Color Perro que Huye”, na sexta-feira, dia 3, às 21h30; e o multi-premiado “Oleg y las Raras Artes” é exibido no sábado, 4 de fevereiro, às 16h30. 

Todas as sessões são de entrada gratuita e seguidas de debates com o realizador, moderados por Nuno Lisboa, diretor do Seminário Internacional de Cinema Documental Doc’s Kingdom e coordenador do programa de seminários Dear Doc. 

A realizar duas vezes por ano, em fevereiro e em julho, os seminários Dear Doc de realização em cinema documental são especialmente dirigidos aos autores em início de carreira nas áreas do cinema e das artes audiovisuais. Os seminários Dear Doc propõem aos participantes uma experiência de retiro coletivo através de um programa intensivo de sessões de visionamento e discussão ao longo de uma semana, aqui dirigido para o desenvolvimento de projetos de cinema documental em curso, apresentados pelos participantes e orientados pelo realizador convidado. 

O realizador Andrés Duque propõe aos participantes do primeiro seminário Dear Doc de realização em cinema documental um programa intitulado “Formas Perigosas”, dedicado ao “cinema-ensaio como horizonte para o audiovisual no século XXI: como representar um mundo baseado na sobreabundância de imagens, na codificação dos arquivos de informação, na mobilidade dos múltiplos ecrãs, na esquizofrenia do mundo globalizado? O cinema-ensaio privilegia a presença da subjetividade pensante e emprega uma mistura de materiais e recursos heterogéneos, não propondo uma mera representação do mundo mas também uma reflexão sobre si mesmo, criando pelo caminho uma forma própria e o seu próprio objeto.”