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Tomar - Festa dos Tabuleiros premiada como melhor evento público de Portugal

O Município de Tomar, com a Festa dos Tabuleiros, recebeu o troféu de Melhor Evento Público realizado em Portugal nos anos 2015 e 2016, na Gala dos Eventos, que decorreu ontem à noite no Hotel Tryp Aeroporto, em Lisboa.

A presidente da Câmara, Anabela Freitas e o mordomo da Festa, João Victal, receberam o prémio das mãos de Lili Caneças, numa iniciativa que pretende distinguir os eventos e seus organizadores que mais se distinguem no nosso país.

Na breve apresentação feita pelos diversos candidatos, a autarca tomarense salientou o facto de os Tabuleiros serem uma festa genuinamente feita pelo povo, em quem recai desde logo a decisão de realizar o evento na data prevista, de quatro em quatro anos, o que significa que a próxima deverá ser, se assim for entendido, em 2019. Mas é também o povo que escolhe o mordomo e é da sua dedicação durante mais de um ano de trabalho que nascem os tabuleiros com os seus pães e as suas deslumbrantes flores de papel, as ruas espectacularmente ornamentadas e o cortejo único no mundo.

O cariz único da Festa dos Tabuleiros

As origens da Festa dos Tabuleiros perdem-se no tempo, acreditando os investigadores que terão tido na base as festas das colheitas em homenagem à deusa Ceres, mais tarde apropriadas pela Rainha Santa Isabel, que as adaptou ao culto do Divino Espírito Santo.

O ponto alto da festa é o cortejo principal, no qual desfilaram, em 2015, 684 tabuleiros, transportados à cabeça por outras tantas mulheres, a cuja altura se devem assemelhar. Cada tabuleiro é constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga, rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo. Mas são as flores de papel, na sua graciosidade e no seu colorido, em contraste com as vestes brancas, que lhe conferem um cariz único, transformando as ruas em que passam num rio de cor ondulando suavemente.

As flores de papel estão também presentes nas ruas populares ornamentadas. Praticamente por todo o centro histórico, e mesmo fora dele, os moradores transformam as suas ruas em lugares de sonho, com milhares e milhares de flores nascidas das suas mãos e criadas ao longo de muitos meses.