Assim, os visitantes, para além de um espaço com renovada dignidade, passam a ter acesso ao espaço adjacente que reúne um vasto conjunto de informação sobre a presença sefardita em Tomar, particularmente em suporte digital, incluindo, por exemplo, dados sobre todos os judeus locais envolvidos em processos da Inquisição. O espaço apresenta ainda peças do espólio do museu.
A Sinagoga de Tomar deve ter sido construída no final da primeira metade do século XV, tendo sido o único edifício construído de raiz para o efeito em Portugal que chegou aos nossos dias. Financiada por uma elite de judeus, próximos da Ordem de Cristo e da família real que a administrava, a sua construção seguiu de muito perto o estilo gótico e estava perfeitamente integrada nos sítios usuais para as casas de oração dos judeus: um local recolhido a meio da judiaria.
Após o édito de expulsão dos judeus, o edifício foi transformado em cadeia do concelho e, mais tarde, em ermida da invocação de S. Bartolomeu. No Séc. XIX chegou a funcionar como celeiro e armazém de mercearias.
Apesar da classificação como monumento em 1921, só dois anos depois é que Samuel Schwarz, judeu polaco investigador da Cultura Hebraica, a salvaria do estado caótico em que se encontrava, adquirindo-a e recuperando-a, tendo vindo a doá-la, em 1939, ao Estado Português para a instalação do Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto.
Fotos de Câmara Municipal de Tomar