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Torres Novas - Acesso Cultura promove debate sobre "Tensões entre públicos tradicionais e novos" na Biblioteca Municipal


A Acesso Cultura, com o apoio do Município de Torres Novas, vai promover no dia 19 de novembro, a partir das 18h30, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, um debate com o tema "Porte-se bem! - Tensões entre públicos tradicionais e novos".

O debate é aberto ao público em geral (profissional da cultura ou não) com vista a uma conversa informal e descontraída sobre a temática. A sessão em Torres Novas será moderada por Jorge Salgado Simões, do Departamento de Cultura, Educação e Desporto do Município de Torres Novas, e terá como convidados Mafalda Duarte Barrela, Curadora; Marta Tomé, Bailarina, professora de dança e movimento; e Vítor Ferreira, do Conservatório de Música do Choral Phydellius.

Os debates, de entrada livre, são realizados em simultâneo com outras cidades do país: Castelo Branco, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto, Vila Nova de Famalicão e Angra do Heroísmo.

De acordo com a Acesso Cultura, «os esforços dos espaços culturais de criar relações com pessoas que normalmente não os frequentam podem provocar tensões com os habitués, ou seja, com quem já se sente em casa. Desde o tipo de programação às regras de comportamento, as tentativas de mudança e inovação podem ser recebidas com forte resistência pelo público tradicional. Exemplos não faltam, quer em Portugal, quer no estrangeiro: espetáculos chamados ‘comunitários’ que criam fricções entre a comunidade local e espectadores habituados a outros contextos de apresentação e formas de fruição; alunos com telemóveis na mão nas visitas a museus e pessoas a ‘twitar’ nas salas de espetáculos; a diversificação da programação em espaços que se dedicavam a um determinado género; a presença de espectadores com calções no La Scala; a visita de uma família que apresentava falta de higiene ao Musée d´Orsay; a agitação de uma pessoa com autismo na fila da bilheteira; a jovem com deficiência intelectual que manifestou o seu prazer durante um concerto de música clássica. Como gerir esta tensão? Tudo se justifica em nome do chamado ‘desenvolvimento de novos públicos’? Uns terão mais razão que outros? Há uma forma correta de estar num espaço cultural?».