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Tomar - Valter Ventura expõe fotografias de um esqueleto humano no Complexo Cultural da Levada

Em "Toda a Linha Recta é um Arco de um Círculo Infinito", Valter Ventura apresenta uma série de imagens onde separa a representação da matéria daquilo que não tem corpo palpável. A exposição de fotografia está patente no Complexo Cultural da Levada, em Tomar, entre 7 de fevereiro e 8 de março.

A mostra integra um conjunto de fotografias de um esqueleto humano, em que a sua organização, distante de uma vontade que explica, responde a uma lógica de inventário e a uma vontade que classifica. O esqueleto aparece desmembrado e os ossos que o compõem autonomizam-se em folhas separadas. O papel acusa ainda as dobras que permitem reconhecê-lo como parte de um grupo que se arruma e arquiva, ou que se utiliza para efeito de estudo e consulta.

No canto oposto dispõe-se um registo de vídeo que documenta a elaboração de um fogo arcaico. Filmado em estúdio, a atenção foca-se sobre os instrumentos e o processo utilizado para a criação da chama. Ambos se complementam num ciclo (círculo) de morte e nascimento, de coisa estática e em movimento, de matéria e energia que se repete num acto de procura. Uma procura conjunta entre entendimento e encantamento que, desde sempre, articula aquilo que nos compõe.

Valter Ventura (Lisboa, 1979) licenciou-se em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Terminou em 2005, como bolseiro do Banco Espírito Santo, o Curso Avançado de Fotografia no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. É professor no Curso Superior de Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar, colaborando também com o Ar.Co. e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

A exposição, com inauguração no dia 7 fevereiro, às 18h00, pode ser visitada de quarta-feira a domingo, das 14h00 às 17h00.

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