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Abrantes - Rui Couceiro apresenta livro "Baiôa sem data para morrer" na Biblioteca Municipal António Botto

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, vai ser palco da apresentação do livro "Baiôa sem data para morrer", do escritor Rui Couceiro, no dia 25 de novembro, pelas 21h30.

Rui Cou­ceiro nasceu no Porto, em 1984. É li­cen­ciado em Co­mu­ni­cação So­cial, mestre em Ci­ên­cias da Co­mu­ni­cação e tem uma pós-gra­du­ação em Es­tudos Cul­tu­rais. Or­gulha-se de ter cres­cido de jo­e­lhos es­fo­lados, em Es­pinho. Foi cam­peão na­ci­onal de vo­leibol em todos os es­ca­lões de for­mação e con­si­dera que o des­porto foi a sua prin­cipal es­cola. Du­rante a ado­les­cência, de­cidiu que queria ser jor­na­lista e, aos quinze, co­meçou um per­curso de oito anos numa rádio local. Es­ta­giou na SIC e foi cor­res­pon­dente da LUSA, até per­ceber, em 2006, que afinal não queria o jor­na­lismo, mas sim apostar noutra paixão – os li­vros. Foi as­sessor de co­mu­ni­cação e co­or­de­nador cul­tural da Porto Edi­tora du­rante dez anos, até que, em 2016, as­sumiu fun­ções de editor na Ber­trand, tendo desde então a seu cargo a chan­cela Con­tra­ponto. Nos úl­timos anos, re­atou co­la­bo­ra­ções com a co­mu­ni­cação so­cial: pri­meiro, par­ti­lhou com a es­cri­tora Fi­lipa Mar­tins a au­toria e apre­sen­tação do pro­grama «A Bi­bli­o­teca de», na rádio Re­nas­cença; atu­al­mente, es­creve para o site da re­vista Visão. É, desde 2021, membro do Con­selho Cul­tural da Fun­dação Eça de Queiroz. Aban­donou uma tese de dou­to­ra­mento em Es­tudos Cul­tu­rais, para es­crever este ro­mance.

Sobre "Baiôa sem data para morrer": Quando um jovem pro­fessor de­cide aceitar a mão que o des­tino lhe es­tende, longe está de ima­ginar que, desse mo­mento em di­ante, de mero es­pec­tador pas­sará a nar­rador e per­so­nagem da sua pró­pria vida. Na al­deia dos avós, no Alen­tejo mais pro­fundo, Jo­a­quim Baiôa, velho faz-tudo, de­cidiu re­cu­perar as casas que os pro­pri­e­tá­rios ha­viam vo­tado ao aban­dono e assim re­a­bi­litar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha re­clamar. Eis, pois, o pre­texto ideal para uma pausa no en­sino e o sos­segar de um quo­ti­diano apres­sado im­posto pela mo­der­ni­dade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte in­siste em sair à rua, e a pa­catez por que o jovem pro­fessor an­siava torna-se um tempo à míngua, en­quanto, jun­ta­mente com Baiôa, tenta lutar contra a de­ser­ti­fi­cação de um mundo con­de­nado. Num ro­mance que tanto tem de poé­tico como de iró­nico, re­pleto de per­so­na­gens me­mo­rá­veis e de exu­be­rância ima­gi­na­tiva, e cons­truído como uma teia que se adensa ao ritmo da lei­tura, Rui Cou­ceiro põe frente a frente dois mundos an­ta­gó­nicos, o ur­bano e o rural, e duas ge­ra­ções que se en­con­tram a meio ca­minho, sobre o pó que ali se tinge de ver­melho, o mais novo à es­pera, o mais velho sem data para morrer.