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Torres Novas - Conferência sobre as Irmãs Sigeas dia 17 de maio na Biblioteca Municipal

No âmbito da Feira de Época, o Município de Torres Novas vai promover, no dia 17 de maio, a partir das 21 horas, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, uma conferência subordinada ao tema «Ângela e Luiza Sigeia: duas mulheres eruditas no Portugal de Quinhentos». A atividade, de entrada livre, terá como oradora Catarina Monteiro, mestre em História Moderna pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Catarina Monteiro nasceu em meados dos anos 90. O seu interesse pela história desde cedo deu sinais de um forte entusiasmo, que se consolidou ao longo dos anos. Em 2015, concluiu a sua licenciatura em História na FCSH/UNL. Para a sua dissertação de mestrado, Catarina optou pela História Moderna, focando-se em história do pensamento político e da vida quotidiana. Iniciou assim a sua investigação sobre duas mulheres eruditas, quase desconhecidas da historiografia portuguesa contemporânea. Em 2019, sagrou-se mestre em História Moderna, com a dissertação intitulada: «Quando as sombras ofuscam a luz. Luísa e Ângela Sigeia: estórias e histórias de vida no Portugal de Quinhentos». Atualmente, é bolseira de Doutoramento do CIDEHUS-UÉ, com o projeto «A Senhora D. Catarina: Mulheres e ação política na Europa (1550-1650)», e investigadora visitante na Universidade Complutense de Madrid.

De relembrar que a feira de recriação histórica de Torres Novas, que este ano decorre de 1 a 4 de junho, tem como tema «Femina Mvndi | Ângela e Luiza – As Irmãs Sigeas». Filhas de Diogo de Sigeu e de Francisca de Velasco, família de eruditos e humanistas muito influente na corte de D. João III e da rainha D. Catarina, as irmãs Ângela e Luiza, devido à sua particular cultura letrada e ao amplo reconhecimento granjeado, terão marcado seguramente a sociedade torrejana, em meados do século XVI, quando então se instalaram na Vila. Luiza Sigea notabilizou-se como humanista de renome, em meados do século XVI, tendo sido figura de destaque na corte da infanta D. Maria, filha de D. Manuel I. Figura incontornável da cultura portuguesa à época, foi também reconhecida em toda a Europa em boa parte devido ao poemeto Syntra, remetido ao Papa Paulo III, em 1546. Presumivelmente mais nova que a irmã, Ângela Sigea notabilizou-se, igualmente, no campo das artes e letras, como escritora, mas sobretudo como música.