A Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, vai acolher, entre 15 de fevereiro e 19 de abril, a exposição de pintura “Rio cor de sangue”, com trabalhos de pintura de Miguel Telles da Gama. Com comissariado de João Pinharanda, atual Diretor do MAAT, a mostra tem a chancela da Fundação EDP, no âmbito da parceria com o Município de Vila Nova da Barquinha para a programação artística do Parque de Escultura Contemporânea Almourol.
Miguel Telles da Gama nasceu em 1965, em Lisboa, cidade onde vive e trabalha. Expõe, individual e coletivamente, desde 1990.
O artista está representado nas seguintes coleções: Fundação PLMJ, Museu da Cidade de Lisboa, Biblioteca Nacional PLMJ e Associados, Coleção Manuel de Brito, Fundação Paço d’Arcos, Câmara Municipal de Ponte de Sor, Alcatel-Lucent, Embaixada de Portugal, Copenhaga, CAC Málaga, Espanha, e Fundação Benetton.
Sobre a exposição, João Pinharanda refere: “Na obra de Miguel Telles da Gama abstracção e figuração vão a par, como a linha e a cor. É num contexto de clareza na definição das figuras (silhuetas) e dos fundos (lisos) que as obras se libertam das habituais necessidades narrativas da pintura figurativa para assumirem uma vocação coreográfica e musical.
Miguel Telles da Gama trabalha em geral por séries temáticas o que facilita o entendimento dos conjuntos como unidades ficcionais. Muitas vezes, um encadeamento de gestos e acções, surge também no interior de cada imagem, compondo quadros (também no sentido teatral ou balletico do termo) que funcionam por si sós mas que, vistos no continuo de uma exposição, alcançam o destino performativo que lhes é próprio.
No conjunto de obras que aqui se apresenta, o dinamismo das personagens convocadas e a intensidade cromática que as rodeia atinge uma rara intensidade. Há apenas representação de corpos humanos e animais em silhueta; corpos que se recortam sobre fundos neutros e monocromáticos.
A eficácia da série em termos de relação com o espectador deriva, em muito, da estratégia de realização das obras: desenhados os corpos sobre os fundos brancos dos papéis, Miguel Telles da Gama aplica sobre a totalidade da superfície uma placa de cor uniforme (no caso vermelho) que realça os contrastes das linhas de contorno e faz vibrar a superfície como se se trata-se de um ecrã luminoso.
Aos animais é fácil nomeá-los: cães e cavalos; já os humanos perdem toda ou parte da sua identidade (étnica, de género ou idade). Estas silhuetas-sombras são sem tempo; e o espaço bidimensional em que se inscrevem, ao mesmo tempo que acentua a sua irrealidade flutuante permite que as consideremos como representações ideais: libertas dos pormenores individualizados são actores de um drama extático, um teatro de arquétipos.”
A exposição pode ser visitada na Galeria do Parque (Edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova da Barquinha), de terça a sexta-feira, das 11h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h30, e ao sábado, das 15h00 às 19h00. A entrada é gratuita.
Miguel Telles da Gama nasceu em 1965, em Lisboa, cidade onde vive e trabalha. Expõe, individual e coletivamente, desde 1990.
O artista está representado nas seguintes coleções: Fundação PLMJ, Museu da Cidade de Lisboa, Biblioteca Nacional PLMJ e Associados, Coleção Manuel de Brito, Fundação Paço d’Arcos, Câmara Municipal de Ponte de Sor, Alcatel-Lucent, Embaixada de Portugal, Copenhaga, CAC Málaga, Espanha, e Fundação Benetton.
Sobre a exposição, João Pinharanda refere: “Na obra de Miguel Telles da Gama abstracção e figuração vão a par, como a linha e a cor. É num contexto de clareza na definição das figuras (silhuetas) e dos fundos (lisos) que as obras se libertam das habituais necessidades narrativas da pintura figurativa para assumirem uma vocação coreográfica e musical.
Miguel Telles da Gama trabalha em geral por séries temáticas o que facilita o entendimento dos conjuntos como unidades ficcionais. Muitas vezes, um encadeamento de gestos e acções, surge também no interior de cada imagem, compondo quadros (também no sentido teatral ou balletico do termo) que funcionam por si sós mas que, vistos no continuo de uma exposição, alcançam o destino performativo que lhes é próprio.
No conjunto de obras que aqui se apresenta, o dinamismo das personagens convocadas e a intensidade cromática que as rodeia atinge uma rara intensidade. Há apenas representação de corpos humanos e animais em silhueta; corpos que se recortam sobre fundos neutros e monocromáticos.
A eficácia da série em termos de relação com o espectador deriva, em muito, da estratégia de realização das obras: desenhados os corpos sobre os fundos brancos dos papéis, Miguel Telles da Gama aplica sobre a totalidade da superfície uma placa de cor uniforme (no caso vermelho) que realça os contrastes das linhas de contorno e faz vibrar a superfície como se se trata-se de um ecrã luminoso.
Aos animais é fácil nomeá-los: cães e cavalos; já os humanos perdem toda ou parte da sua identidade (étnica, de género ou idade). Estas silhuetas-sombras são sem tempo; e o espaço bidimensional em que se inscrevem, ao mesmo tempo que acentua a sua irrealidade flutuante permite que as consideremos como representações ideais: libertas dos pormenores individualizados são actores de um drama extático, um teatro de arquétipos.”
A exposição pode ser visitada na Galeria do Parque (Edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova da Barquinha), de terça a sexta-feira, das 11h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h30, e ao sábado, das 15h00 às 19h00. A entrada é gratuita.
