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Médio Tejo - Primeiro ciclo do protejo cultural CAMINHOS chega ao fim com balanço positivo

Chegou ao fim o primeiro ciclo de 2025 do programa CAMINHOS - Cultura em Rede no Médio Tejo, uma iniciativa promovida pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo que, ao longo dos meses de abril e maio, percorreu os 11 municípios da região com uma programação cultural de acesso livre, pensada para promover o envolvimento ativo das comunidades e reforçar a coesão territorial através da cultura.

O programa registou mais de um milhar de espetadores e contou com o envolvimento ativo de mais de meia centena de participantes da região, o que confirma o CAMINHOS como uma das mais significativas apostas intermunicipais no domínio da cultura, combinando espetáculos de teatro, música, performance, marionetas e projetos comunitários com uma forte componente de proximidade. Através de uma programação descentralizada e itinerante, o programa levou a cultura a múltiplos públicos e contextos, garantindo que, independentemente da escala ou da localização, todos os municípios puderam ser palco e destino cultural.

Entre os projetos mais marcantes desta edição, a entidade promotora destaca o "Coro dos Comuns", pela sua notável capacidade de mobilizar cidadãos de todas as idades em torno do canto coletivo e da partilha intergeracional; o concerto de Rui Rosa, jovem cantautor nascido em Torres Novas, cuja presença evidenciou a importância de valorizar o talento emergente e enraizado no território; o espetáculo "Sómente", do Teatro Só, que trouxe ao espaço público uma reflexão visual e poética sobre a solidão na velhice, e a peça documental "Vida por Turnos", que resultou da continuidade de um processo de capacitação iniciado em 2024 e que, este ano, chegou ao palco com grande adesão do público. Também o espetáculo “Um Submarino em Marte”, criação multidisciplinar, que se destacou pela abordagem original e sensível aos desafios ambientais e aos impactos do turismo de massas.

Eduardo Dias, programador do CAMINHOS, considera que este ciclo correspondeu plenamente às aspirações e objetivos para o ano de 2025. “Queríamos, sobretudo, envolver ainda mais as comunidades locais e refletir sobre temas tão atuais como a solidão, o envelhecimento populacional e as consequências do turismo. A par disso, conseguimos também reforçar a aposta nos valores locais e emergentes.” Na sua perspetiva, “o CAMINHOS é, acima de tudo, um projeto de inclusão e de promoção cultural, que nos permite viajar pelo território, criando movimento e itinerância de públicos, trazendo diversidade e vida a cada vila ou cidade”.

Em outubro e novembro de 2025, o programa regressará para uma nova etapa, onde se prevê a continuidade de alguns projetos e a estreia de novas propostas, sempre com a ambição de atrair mais espetadores e, sobretudo, mais participantes ativos. O objetivo é claro: estimular uma cultura em rede sólida, participada e transformadora, capaz de unir o Médio Tejo em torno da criação, da cidadania e da experiência artística partilhada.

O programa CAMINHOS insere-se no projeto Produtos Turísticos Integrados do Médio Tejo, é cofinanciado pelo FEDER, através do Centro2030, e abrange os municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. Mais do que uma agenda de espetáculos, o CAMINHOS é um compromisso com a descentralização cultural, com a mobilização das comunidades e com a construção de um território em movimento.

Coro dos Comuns (©  CIMT)